Por Aírles Almeida dos Santos
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Abaixo, as bandeiras do município (antiga e atual), brasão e o Hino da cidade.
Ao
analisar o processo de ocupação de Nossa Senhora da Glória, aparecem
várias contestações, principalmente no que se refere ao período. A maior
dificuldade para o estudo do tema é a falta de documentação ou
pesquisas relacionadas ao assunto. Acreditou-se que a povoação que
possibilitou a criação da atual cidade de Nossa Senhora da Glória teria
surgido por volta de 1600 a 1625, século XVII, como afirma o historiador
sergipano Carvalho de Lima Júnior em História dos Limites entre Sergipe
e Bahia. Esse autor defende a tese de que as terras pertencentes ao
referido município pertencia a Tomé da Rocha Malheiros, que obtivera uma
sesmaria de 10 léguas da Serra da Tabanga, estendendo-se para o sertão.
Essa tese passou a ser contestada. Segundo o professor José Carlos de
Souza, em tal afirmação ocorreu um equívoco e ao analisarmos a história
de Gararu (Curral de Pedras), a qual Boca da Mata pertencia, percebemos
alguns problemas ao afirmarmos que a região foi ocupada no século XVII. O
povoamento de Curral de Pedras teria sido resultado da fuga de colonos
portugueses que se refugiaram na Serra da Tabanga, apavorados pela ação
dos holandeses em território sergipano a partir de 1637. Portanto, por
ser uma região de difícil acesso, a Boca da Mata dificilmente seria
colonizada no século XVII antes de Curral de Pedras, como não foi, uma
vez que estava localizada nas margens do rio São Francisco e isso é um
fator que facilitou a ação de colonos. O sertão sergipano foi ocupado
basicamente pelo elemento europeu, havendo pouca presença de indígenas,
mas sim de alguns caboclos, fruto da miscigenação. Estes caboclos se
tornaram vaqueiros, sendo os primeiros a provocarem o processo de
expansão das terras para o sertão, compondo figuras principais das
fazendas de criar.
Foto: Antiga bandeira do município, criada em 1978.
REFERÊNCIAS
SANTOS, Airles Almeida dos. Querelas sobre o processo de ocupação de Nossa Senhora da Glória/Sergipe. Disponível
em: http://histse.blogspot.com/2014/04/. Acesso em: 27 de novembro de 2020.
SANTOS, Airles Almeida dos. “Do gibão à Batina”: a ocupação de Nossa
Senhora da Glória e o papel da Igreja para o desenvolvimento de “Boca da Mata”
(fins do século XVIII ao início do século XX) – versão completa. Disponível
em: http://histse.blogspot.com/2013/.
Acesso em: 27 de novembro de 2020.
Brasão do Município
Elemento
-------} Simbolismo
Cruzeiro
Fé Cristã
1928
Ano da Emancipação Política
Elipse verde
Esperança
Cabeça de bovino
Produção de leite
Espigas de milho Produção desse cereal
Mandacaru Resistência à seca
Hino de N. Sra da Glória/SE
Letra e Música: José Pereira Sobrinho
Salve Glória, ó cidade bonita!
O progresso em ti sempre está.
O Brasil, que é terra sagrada,
Consentiu este nome lhe dar.
O progresso em ti sempre está.
O Brasil, que é terra sagrada,
Consentiu este nome lhe dar.
Glorienses, marchemos unidos,
Pelo progresso do nosso lugar.
Nossa Glória é grande e infinita,
Força humana não pode acabar.
Pelo progresso do nosso lugar.
Nossa Glória é grande e infinita,
Força humana não pode acabar.
Salve! Salve! Salve ó nossa Glória!
Com seu povo de grande valor.
Com o nome belo que lhe deram
Vosso povo se entusiasmou.
Com seu povo de grande valor.
Com o nome belo que lhe deram
Vosso povo se entusiasmou.
Glorienses, lutemos contentes.
Por Glória queremos lutar.
Sou feliz quando vou à Igreja,
Vejo Glória lá no seu altar.
Por Glória queremos lutar.
Sou feliz quando vou à Igreja,
Vejo Glória lá no seu altar.
Nossas festas têm mais alegria,
Nosso povo é forte e varonil.
Glorienses, lutemos contentes
Por Glória e por nosso Brasil.
Nosso povo é forte e varonil.
Glorienses, lutemos contentes
Por Glória e por nosso Brasil.
Blog "Nas Garras da História: Conhecendo Nossa Senhora da Glória/SE"